O mercado de trabalho das artes é um setor que sempre foi dominado por homens brancos e de classe média alta. No entanto, nos últimos anos, as mulheres têm ganhado cada vez mais espaço nesse meio. Essa mudança é ainda mais significativa quando se trata de mulheres negras e periféricas, que enfrentam uma série de desafios adicionais para ingressar e se destacar nesse mercado. Neste artigo, discutiremos a presença das mulheres negras e periféricas no mercado de trabalho das artes e sua contribuição para a economia da cultura.
Para entender a importância da presença das mulheres negras e periféricas nas artes, é preciso compreender a dinâmica do mercado de trabalho cultural. A cultura é um setor que movimenta bilhões de dólares em todo o mundo, e a demanda por produtos culturais é crescente. No entanto, mesmo com esse potencial econômico, as mulheres negras e periféricas ainda enfrentam obstáculos para ingressar no mercado de trabalho das artes.
Esses obstáculos podem ser atribuídos a vários fatores, como a falta de representatividade, a falta de investimento em educação e formação artística nas periferias e a dificuldade de acesso a recursos e redes de contatos. No entanto, apesar dessas dificuldades, as mulheres negras e periféricas têm desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento do mercado de trabalho cultural.
Uma das formas como as mulheres negras e periféricas têm contribuído para o mercado de trabalho das artes é através da criação de novas narrativas e perspectivas. A falta de diversidade no setor cultural tem resultado em uma produção artística monolítica e limitada, que não reflete a complexidade e a riqueza da experiência humana. Ao trazer novas narrativas e perspectivas para o mercado de trabalho cultural, as mulheres negras e periféricas estão expandindo os limites da produção artística e criando um espaço mais inclusivo e diverso.
Além disso, as mulheres negras e periféricas também têm desempenhado um papel importante na promoção da equidade e da justiça social no mercado de trabalho cultural. Ao exigir uma representação mais diversa e inclusiva, essas mulheres estão promovendo uma mudança estrutural no setor cultural, que pode ter um impacto positivo em toda a sociedade.
Além disso, é importante destacar que as mulheres negras e periféricas são consumidoras ativas de produtos culturais. Muitas vezes, as produções culturais não são direcionadas para essas mulheres, o que resulta em um mercado de trabalho cultural ainda mais limitado e monolítico. Ao consumir e promover a produção artística de mulheres negras e periféricas, estamos contribuindo para a valorização da diversidade cultural e para a criação de um mercado de trabalho mais inclusivo e diverso.
Portanto, podemos concluir que a mulher é a base que sustenta a economia das artes, sendo ela criadora, consumidora e promotora dos saberes da sociedade. As mulheres negras e periféricas têm um papel fundamental na expansão e valorização da produção artística, na promoção da equidade e da justiça social e na construção de uma economia da cultura mais justa e sustentável. É fundamental que sejam criados espaços para que essas mulheres possam desenvolver suas habilidades e criatividade, além de serem reconhecidas e valorizadas pelo seu trabalho. Somente assim poderemos ter um mercado de trabalho cultural verdadeiramente inclusivo e diverso, que reflita a riqueza e a complexidade da experiência humana.


